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Projeto Acolher beneficia 360 crianças do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo

Em parceria com Viva Rio e Pérolas Negras, crianças recebem aulas de futsal, reforço escolar e acompanhamento familiar

 

A Associação Projeto Acolher acredita que esporte, cultura e educação são a chave para mudar a realidade das favelas. Em parceria com a Academia Pérolas Negras e o Viva Rio, o Projeto Acolher beneficia, atualmente, 360 crianças do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, com idades entre 5 e 17 anos, com atividades que vão desde reforço escolar a aulas de futsal.  

Instituição sem fins lucrativos, o Projeto Acolher nasceu da iniciativa de Claudia Amaral, que era voluntária na Pastoral da Criança e atua no Pavão-Pavãozinho desde 2010, com ações em saúde, nutrição e atendimento familiar para gestantes e crianças de 0 a 6 anos. Claudia viu a necessidade de fazer mais pelas crianças da comunidade, além de um trabalho pastoral, principalmente para as que cresciam e não eram mais atendidas. Em 2015, começou com a ideia do projeto e passou a promover outras atividades até que, em 2018, o projeto foi criado oficialmente.

Segundo Claudia, o Acolher está com uma aceitação muito grande nas comunidades, principalmente por causa do atendimento familiar: “Quando você recebe a família, escuta e conhece mais de perto, eles se sentem acolhidos”.

O trabalho começou quando ela percebeu que havia muitas crianças com habilidades esportivas e decidiu encaminhá-las para o Flamengo, para fazer teste para as equipes de esportes olímpicos. “A gente levava uma criança, ela fazia o teste e a gente mantinha a criança lá com passagem, ajudava a mãe com o uniforme…Isso já com o Acolher”, conta Claudia.

Essa parceria com o Flamengo é uma das vertentes do projeto, que busca identificar os talentos na comunidade e levar para um teste no clube. Já são 26 no nado artístico, judô, ginástica artística e polo aquático.

A equipe do Projeto Acolher é composta por uma assistente social, três psicólogas, uma estagiária, um financeiro e um administrativo, todos voluntários.

Foto: Júlia Jonhson

 

Futsal reúne 330 crianças

Além da parceria com o Flamengo, o Acolher promove diversas atividades nas comunidades de Pavão-Pavãozinho-Cantagalo. Um dos trabalhos mais importantes são as aulas de futsal, que se fortaleceram após a parceria com a Academia Pérolas Negras e hoje já tem a participação de 330 crianças com idades entre 7 e 17 anos. As categorias Sub-9, Sub-11 e Sub-13 estão competindo no Campeonato Estadual da Rio Futsal pelo Pérolas Negras. 

Aulas de judô também vão acontecer a partir de dezembro e aulas de ginástica artística estão previstas para o ano que vem. 

O Projeto Acolher também tem um forte trabalho de acolhimento familiar, onde é feito o acompanhamento e orientação das famílias das crianças atendidas – já são mais de 200 famílias. O trabalho inclui uma entrevista com os responsáveis pelas crianças, feita pela assistente social. Através dessa conversa, são feitos encaminhamentos para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), para retirada de documentos e outros processos burocráticos, além de possibilitar o conhecimento da realidade familiar para melhor beneficiar quando receberem doações. 

O trabalho de acolhimento familiar inclui também o atendimento psicológico, tanto para os responsáveis quanto para as crianças. 

Outro ação é o reforço escolar, que começou com a Pastoral da Criança, na Igreja da Ressurreição, mas foi interrompido durante a pandemia e agora acontece em um espaço do Viva Rio, no Cantagalo, com três professoras presenciais e quatro online. 

Foto: Júlia Jonhson

 

O sucesso de Sophia na ginástica artística 

Em agosto deste ano a Sophia Cruz, uma menina de 10 anos acompanhada pela Pastoral da Criança e pelo Projeto Acolher, foi campeã brasileira de ginástica artística em São Paulo. Ela foi a primeira criança encaminhada pelo Acolher para fazer parte da equipe de esportes olímpicos do Flamengo, onde está desde os 4 anos de idade. Hoje, Sophia treina com Rebeca Andrade, campeã olímpica. 

A fundadora do Acolher, Claudia Amaral percebeu que Sophia era forte, sabia dar piruetas, pular de uma laje para outra e enxergou potencial. Sócia do Flamengo, ela arriscou uma visita ao clube e conseguiu uma vaga para a menina do Pavão. Por muitos anos, o Projeto Acolher acompanhou a menina e sua mãe, orientando sobre a importância do comprometimento em relação à presença nos treinos. 

 

Parceria com o Viva Rio 

 

Desde 2018, quando a sede do Viva Rio passou a ser no Cantagalo, em Ipanema, o Acolher estava presente. O Viva Rio cedeu um espaço para que as atividades do projeto acontecessem -– cadastramento das crianças, atendimento das famílias, aulas de reforço escolar. Além disso, a equipe administrativa do Viva Rio também ajuda nas atividades do Acolher sempre que foi necessário. Devido a sua experiência com projetos sociais, o Viva Rio tem sido um apoio importante ao Acolher, que está começando nesse trabalho. 

 

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